quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Riso de Bergson

Henri Bergson começa assim o seu ensaio sobre o significado do cómico:
"Que significa o riso? o que há no fundo do risível? o que haverá de comum entre uma careta de palhaço, um jogo de palavras, um quiproquó de vaudeville, uma cena de fina comédia? que destilação nos dará a essência, sempre a mesma, da qual tantos produtos diversos tiram o seu indiscreto aroma ou o seu delicado perfume? Os maiores pensadores, desde Aristóteles, se têm preocupado com este pequeno problema que sempre se subtrai ao esforço, escorrega, se escapa e torna a reviver, como impertinente desafio lançado à especulação filosófica."

O cómico e o riso sempre fizeram parte de nós, por isso, entre outros, lemos Bergson. Ele dá-nos, na nossa modesta opinião, uma aprofundada e concludente visão através e sobre o cómico. Já lemos por duas vezes o estudo, gostamos dele e todos os que têm a pretensão de ser humoristas ou basicamente quem tem a mania que é engraçado, devia lê-lo pelo menos uma vez.
Bergson apresenta em três capítulos uma profunda e levemente exaustiva argumentação filosófica sobre as importantes áreas do cómico.
A saber, Cap.I- Do Cómico em Geral- o Cómico das formas e o Cómico dos movimentos- Força de expansão do Cómico--- Cap.II O Cómico de situação e o Cómico de palavras---- CAp.III O Cómico de carácter.
Um dia, seriamente, poderíamos "entesar" um pouco sobre a sua tese... Talvez num blogue menos sério...

Hoje importa tirar, absolutamente, uma frase do contexto.
"É pelo dos robertos que devemos começar."

Pensemos, escrevamos, é p´los Robertos que devemos começar... a rir.
E não é assim tão difícil, temos o Roberto Leal que se veste de branco, fala de uma maneira estranha e tem um filho gordo, o Roberto Carneiro que teve uns trinta filhos e não fez nada pela educação em Portugal, o Roberto Carlos que ainda gosta do corte de cabelo que usa, o Robert Murat, pivot e tradutor detective, arguido e cara de sabão entre tantos outros...
È um bom exercício pensar nos robertos que nos fazem rir...

Bergson tinha razão.



Henri Robert Voltaire

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