sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Estado Febril

Estado Febril

Proíbem-te de ser homossexual casado
Proíbem-te de fumar aqui e ali
Faz tanta comichão, isto de ser controlado
Descansa que o Estado trata de ti

Toma lá um carro
televisão e 7 contas
vive preocupado e faz por ti
Toma lá macaco amendoins envenenados
e andamos pr'áqui asssim, assim

Obrigam-me a pagar todo o tipo de impostos
para tomar conta do país
Fecham hospitais
fazem estudos de milhões
Descansa que o Estado trata de ti

Mais desempregados
Má educação
Espalham-se uns estádio por aí
Queremos só o bem
Não, não há conspiração
Descansa que o Estado trata de ti

Olhó referendo
Olha ó passarinho
São manobras que eu já vi
Toma lá uns trocos
Vai p´ra casa sogadito
Descansa que o Estado trata de ti

Olá boa tarde
Tenho queixa a apresentar
levei porrada de um Sr. Agente
O cidadão não vê que aqui na PSP
Só pode ser o cidadão que mente


Olá boa tarde
daqui fala o cidadão
a quem tiram dinheiro todo o mês
Queria só saber quanto mais preciso dar
E com o que já dei o que se fez?

Santa hipocrisia
Com prestígio secular
descumbram uma saída
Pois então

Olá Camões
queria ver
como farias
P´ra poetizar a situação


Mais desempregados
Má educação
Espalham-se uns estádio por aí
Queremos só o bem
Não, não há conspiração
Descansa que o Estado trata de ti

Olhó referendo
Olha ó passarinho
São manobras que eu já vi
Toma lá uns trocos
Vai p´ra casa sogadito
Descansa que o Estado trata de ti



Se tudo falhar
Investimos na igreja
na fezada do Senhor
Avé Maria
Dizem que nada sobeja
depois de um monumento erguido à dor

Viva o Marinhense
Viva o sindicato
O poder ao povo de Abril
Vai-se a ver a coisa
Não é lebre nem é gato
É dormência num estado febril
É dormência num estado febril

Carlos Martins





Queríamos escrever mais umas coisas, mas parece que já está tudo dito, Carlos!
Ouça-na musicada em www.myspace.com/carlosguerramartins ...

Carlitos Voltaire

1 comentário:

  1. Pior que tudo ainda é proibirem um gajo de comer uma sandes de presunto e beber um tinto a martelo num tasco cheio do glamour de óleo que escorre pelas paredes... Um dia destes o preço mínimo da refeição está nos dez euros...

    Enfim... Tá boa a música, contestatária como se quer...

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